Há 105 anos nascia Luiz Gonzaga, o eterno Rei do Baião

Hoje, dia 13 de dezembro de 2017, se vivo fosse, Luiz Gonzaga completaria 105 anos. Filho de Januário, lavrador e sanfoneiro, e de dona Santana, O Rei do Baião nasceu 13 de dezembro de 1912, na Fazenda Caiçara, município de Exu, sertão de Pernambuco. Luiz Gonzaga foi criador de melodias e harmonias, vindo a ganhar notoriedade com as antológicas canções “Baião” (1946), “Asa Branca” (1947), “Siridó” (1948), “Juazeiro” (1948), “Qui Nem Jiló” (1949) e “Baião de Dois” (1950).

No dia do batizado, o vigário perguntou a Januário (pai de Luiz Gonzaga) o nome da criança. Como o Rei do Baião tinha nascido em 13 de dezembro, dia de Santa Luzia, Januário falou que era Luiz. Sugerido pelo vigário que completasse com o nome do santo, e como nasceu no mês do nascimento de Jesus Cristo, ficou Luiz Gonzaga do Nascimento.

Aos 17 anos Luiz Gonzaga resolveu, então, sair de Exú/PE e morar na Capital, para servir o Exército, onde ficou até 1939, passando por diversos estados, por fim resolveu ficar no Rio de Janeiro. Lá começou a se apresentar em bares, nas docas do porto, nas ruas e começou a frequentar programas de rádio quando conheceu Ary Barroso que se encantou com as suas músicas que contavam a história do sertão. “Vira e Mexe” era a preferida de Ary. Sua música mais famosa é Asa Branca.

A voz que representou a cultura nordestina Brasil a fora se calou na madrugada do dia 2 de agosto de 1989. Ele passou 42 dias internado sofrendo de câncer na próstata e osteoporose, “Hospital Santa Joana”, na cidade de Recife. Após o agravamento dos malefícios veio a falecer aos 76 anos de idade, em conseqüência de parada cardíaca por pneumonia.

O corpo do Rei do Baião foi velado em Recife/PE, onde houve uma forte manifestação popular ao artista que levou a cultura nordestina Brasil a fora. Após ser velado na capital pernambucana ele foi transportado inicialmente para a cidade de Juazeiro do Norte, e daí para sua cidade natal, em Exu, onde foi sepultado.

Museu com a sua história

Idealizado pelo próprio Luiz Gonzaga, o primeiro museu de sua cidade natal, Exú-PE, é o lugar aonde estão suas memórias. No local além de ter o seu mausoléu onde ele está sepultado junto com sua primeira mulher (“dona” Helena), que seu filho Gonzaguinha mandou construir para o casal, é o lugar onde fica abrigado o maior acervo material original do músico como sanfonas, chapéus, sandálias e gibão de couro, discos de ouro, fotografias e os objetos pessoais do músico.

Em Caruru e Recife também é possível conferir fotografias, peças do seu vestuário, documentos pessoais e discos raros num museu na capital do forró, e em um memorial no Recife.

Filme

“De Pai pra Filho” narra a história de Luiz Gonzaga, e seu filho Gonzaguinha, que também era músico. (1945-1991). Dois artistas que mesmo diferentes tinham em comum a música. O filme foi selecionado para a abertura do Festival do Rio de 2012.

Dia Nacional do Forró

Hoje, 13 de dezembro, comemoram-se em todo país o Dia Nacional do Forró. A data é uma homenagem ao dia do nascimento do maior sanfoneiro que o Brasil conheceu – Luiz Gonzaga.

Foi instituído pela Lei nº 11.176, sancionada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em 6 de setembro de 2005, e que teve origem no Projeto de Lei nº 4265/2001, de autoria da deputada federal Luiza Erundina.

Em 13 de dezembro de 2012 o Brasil inteiro comemorou o Centenário de Luiz Gonzaga. A música brasileira deve muito a capacidade criativa deste talentoso artista e à sua sanfona de prata, “do povo”, como ele mandou gravar certa vez no instrumento.

– “Asa Branca” (Luiz Gonzaga / Humberto Teixeira).

– “Pau-de-arara” (Luiz Gonzaga / Guido de Moraes).

– “Danado de bom” (Luiz Gonzaga / João Silva).

Aurora Notícias com Blog de Laura Macedo

Spread the love