Nesta quarta-feira, 28 de setembro, a dupla Os Nonatos vai receber Galvão Filho e Jeito Nordestino na gravação do programa Cantos & Contos, no Bar e Restaurante Bessa Grill, a partir das 20h30. A entrada é franca!
E domingo, 2 de outubro, quem faz a festa no Cantos & Contos é a banda de Cajazeiras, Xote de Menina, das 8h10 às 9h, pela TV Correio/Record, canal 12 na capital.
Galvão Filho
Cantor, percussionista e compositor, nasceu em uma família de músicos; seus irmãos Babal e Eri Galvão, são cantores e compositores respeitados. Começou a tocar pandeiro ainda criança quando ganhou um instrumento de presente da mãe.
Como percussionista enveredou pela pesquisa de ritmos naturais de seu Estado natal. Em fins da década de 1970 e início da década seguinte fez parte do grupo Bando de Natal. Atuou no Projeto Seis e Meia em companhia do cantor e compositor Xangai. Fez shows com João do Vale, Marinês e sua gente e Cascabulho, entre outros. A partir de 1975 dedicou-se à percussão e à pesquisa de ritmos e manifestações folclóricas. Participou de diversos eventos culturais em vários estados como Ceará, Paraíba e Bahia. Foi integrante do grupo Bando de Natal nos anos 1970 e 1980. Suas composições foram gravadas por Babal, Sueldo, Banda Mandacaru, entre outros. Fez shows ao lado de artistas expressivos da MPB: João do Vale, Marinês e sua Gente e Julinho do Acordeom, Xangai, Zeca Baleiro, Cascabulho e Zé Ramalho. Em 1985 abriu o Projeto Noites Potiguares. Entre seus intérpretes está Alcimar Monteiro, que incluiu no CD “O maior forró do mundo”, sua composição “A Energia dos Cristais”. Em 1999 apresentou-se no programa “Bem Brasil”, transmitido ao vivo para todo Brasil, ao lado de Chico César e Rita Ribeiro. No mesmo ano lançou seu primeiro CD, “Na palma da minha mão”, de maneira independente, com destaque para a música título, de sua autoria e “Raízes” e “Regue quetere”, parcerias com Enoch Domingos. Neste disco contou com as participações especiais de Xangai e Cátia de França. Neste mesmo ano participou do programa Bem Brasil Especial, da TV Cultura, como parte das comemorações do 4º Centenário de Natal, ao lado de Chico César e Rita Ribeiro. No ano de 2000, ao lado de Elba Ramalho, Lenine, Xangai, Dominguinhos, Fagner, Tetê Espíndola, Ná Ozzetti, Marinês, Silvério Pessoa e Daúde, participou do CD “O Canto do Seridó”, de Elino Julião, disco no qual interpretou a faixa “Na minha rede não”, de autoria do homenageado, o compositor potiguar Elino Julião.
Jeito Nordestino
O trio de forró “Jeito Nordestino” existe desde 18 de maio de 2004. Criado por Adeildo Targino Lopes, o Dinho Bulau, vocalista e triangueiro do grupo, nasceu a partir de uma brincadeira entre seus familiares e amigos. Natural de Campina Grande-PB, Bulau teve seu primeiro contato com a música ainda na infância e a família representa a sua primeira referência musical. Em casa admirava o trabalho de quatro sanfoneiros e dois zabumbeiros, além de sua mãe, cantora. “Minha canção de ninar era o forró e minha primeira palavra (…) já falei cantando, não tinha como ser diferente, está no sangue”, brincou.
Em 2014 o grupo chega à sua terceira formação. Dinho Bulau e o zabumbeiro Geovanni Campos Sousa estão no grupo desde o início. Já Cristian Weverton Barbosa Rodrigues é o quarto sanfoneiro a atuar na história do “Jeito Nordestino”, integrando o trio há três anos. A proposta do “Jeito Nordestino” é renovar o forró pé-de-serra com canções que falam do povo paraibano, das suas histórias, tradições, de suas alegrias e tristezas, letras que cantam o Nordeste. “Nosso trabalho é esse, é renovar. Vemos que grandes nomes, ícones da música nordestina estão partindo, por isso acreditamos que o mercado precisa de novos artistas, jovens que cantem e levantem a bandeira desse segmento musical”, ressaltou Bulau.
O nome “Jeito Nordestino” foi uma sugestão de Antonio Brito, cunhado de Bulau. Ele observou que o povo nordestino traz consigo características próprias, fortes e marcantes, um jeito único e especial de ser, traços compatíveis com a proposta musical do grupo, que também faz referência a grandes nomes da música nordestina como Luiz Gonzaga. “A maior influência para quem se diz forrozeiro é Luiz Gonzaga. Estamos com uma década, o “Rei do Baião” já está com cem anos e a força de sua música vem se fortalecendo mais e mais. Costumo dizer que o forró pé-de-serra é como ‘fogo de monturo’, aquele fogo que fica por baixo das cinzas da fogueira, que quando a gente pensa que a fogueira se apagou, basta soprar que ela reascende”, contou. Jackson do Pandeiro, Dominguinhos, Marinês, Trio Nordestino e Os Três do Nordeste também foram citados.
O “Jeito Nordestino” já levou o som do forró a vários recantos do país e exterior. Em 2005, participou de um evento divulgando o São João do Nordeste em Brasília, na presença do então Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. Também estiveram em cidades como Bruxelas, na Bélgica, Paris, na França, Buenos Aires, na Argentina, e Quito, no Equador. Em 2014 completou 10 anos de estrada com 5 CDs e 2 DVDs gravados. O último trabalho celebra a década, contemplando releituras de clássicos da música popular nordestina. Dentre as composições de Bulau está “Nordeste Aclamar”, finalista do “Forró Fest” e regravada pelo padrinho do trio, o cantor Alcymar Monteiro.